domingo, 26 de junho de 2011

Festa de Encerramento_ JI de Parceiros

Festa de encerramento do ano lectivo 2010 – 2011

Arraial de S. João

Os meninos do Jardim de Infância de Parceiros, do Agrupamento de Escolas José Saraiva, preparam-se para entrar em palco com a sua marcha.



As crianças apresentaram a sua coreografia ao som da marcha de São João.

Em Portugal festejam-se os Santos Populares em Junho (Santo António a 13, São João a 24 e São Pedro a 29).
Como manda a tradição, e como estamos a terminar o ano lectivo, comemorámos o dia de S. João a 22, no Jardim e na Escola Primária de Parceiros, com Marchas Populares.
Este ano, o tema do nosso Projecto é “A terra é a nossa casa…” Assim, fomos vestidos com elementos relacionados com o mar, mas o melhor de tudo, foi que as nossas famílias vieram todas à Festa e, foram tantas as emoções que quisemos partilhar convosco.
Como vêem, somos bem dispostos, gostamos de apreender muito, mas sem esquecer a nossa cultura e tradições, como país de marinheiros que festeja sempre os Santos Populares com muita animação, sardinha assada, febra na brasa, caldo verde e pão de milho.

Educadora Lúcia Pereira

sábado, 18 de junho de 2011

Correspondência _Turmas 7A e 7D

Os alunos das trmas do 7ºA e do 7ºD aderiram ao intercâmbio com os alunos do Liceu Daniel Brottier, em Calequisse,na Guiné-Bissau.
Com o ano lectivo a terminar e a pensar já em férias, os alunos pensam em fazer novos amigos. Nada melhor do que "voar"com o projecto Andorinha até Calequisse.
Entusiasmados, alguns alunos da Escola José Saraiva, tiveram oportunidade de escolher um amigo ou amiga e prontamente escreveram, na aula, aos amigos guineenses.




Surgiram as perguntas: " podemos ir visitá-los? "; " o correio demora muito tempo a chegar lá?" ; " e, no próximo ano, podemos continuar a trocar cartas com as mesmas pessoas?" ; "podemos enviar presentes? " e ... muitas questões foram levantadas, o interesse foi grande e houve também lugar a sugestões " fantásticas" mas dificilmente exequíveis para concretizar encontros a tão longa distância.


O desafio está lançado e agora há que tentar dar resposta da forma mais simples e enriquecedora possível.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Intercâmbio do 7E com os alunos do Liceu Daniel Brottier

Os alunos da turma E, do 7º ano, da Escola José Saraiva, escrevem aos novos amigos do Liceu Daniel Brottier, em Calequisse, no interior da Guiné-Bissau.
O intercâmbio é uma iniciativa do Liceu Daniel Brottier, no âmbito do projecto "Andorinha", em Cachungo. Esta troca de correspondência visa essencialmente conhecer culturas diferentes, promover a LPO e partilhar experiências, certamente diferentes e enriquecedoras de todos quantos participam.
Os alunos aderiram com entusiasmo a esta iniciativa, deram "largas à imaginação" e na aula de Formação Cívica começaram a troca de correspondência que se espera seja longa e profícua.






Os alunos do 7E, desejam aos novos amigos Boas Férias !!! Voltarão em Setembro para dar notícias:) Para saber mais sobre projecto Andorinha: http://www.andorinhaemcanchungo.blogspot.com/

terça-feira, 14 de junho de 2011

Envio de Material Escolar_ Guiné-Bissau

Hoje, as dinamizadoras do projecto concluiram a tarefa de inventariar e embalar o material, angariado nos últimos meses, destinado a equipar as Oficinas de Língua Portuguesa na Guiné-Bissau.










Desta vez, para além de livros de literatura, manuais escolares, dicionários, gramáticas, material de desenho e escrita diverso, foram enviados dois leitores, um de DVD e outro VHS, gentilmente doados pelas professoras Manuela Sousa e Gracinda Henriques, respectivamente.
Estes materias têm como objectivo incentivar os alunos guineenses a frequentar as Oficinas em Língua Portuguesa, dinamizadas por professores da Cooperação Portuguesa e assim desenvolverem a aprendizagem quer da Língua quer da Cultura Portuguesas.
As dinamizadoras deste projecto, agradecem, mais uma vez, a colaboração de alunos, pais, professores, e comunidade educativa, em geral.
Congratulamo-nos pelo facto da participação ser cada vez maior e mais abrangente. Salientamos o envolvimento da Biblioteca da Escola José Saraiva e dos EE que nela participam.

Obrigada!!!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

123º Aniversário de Fernando Pessoa


"A Maior Empresa do Mundo"


Posso ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo,
e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e tornar-se num autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "Não".
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo-as todas,
um dia vou construir um castelo.
Fernando Pessoa


Nasceu Fernando António Nogueira Pessoa em Lisboa, no dia 13 de Junho de 1888, filho de Maria Madalena Pinheiro Nogueira e de Joaquim de Seabra Pessoa. Fernando Pessoa, é um dos expoentes máximos do modernismo no século XX.Fernando Pessoa construiu uma biblioteca particular composta por 1.142 volumes, de gêneros e idiomas variados. Esse acervo foi deixado pelo poeta ao morrer, em 1935 – e hoje através de um brilhante empenho da CASA FERNANDO PESSOA, está digitalizada e aberta para visitas online.O propósito desse empenho é traduzido por esta sitação do próprio site do acervo: "Dar visibilidade virtual à biblioteca particular de Fernando Pessoa foi o objectivo de uma iniciativa colectiva que começou em Abril de 2008 e que hoje permite disponibilizar em linha milhares de páginas impressas, muitas das quais contêm anotações, comentários, traduções e outros diversos tipos de textos em prosa e em verso"Para passear pela biblioteca digital você pode clicar AQUI. Também aproveite e conheça o site da CASA FERNANDO PESSOA. Inaugurada em Novembro de 1993, a Casa Fernando Pessoa foi concebida pela Câmara Municipal de Lisboa como um centro cultural destinado a homenagear Fernando Pessoa e a sua memória na cidade onde nasceu e viveu seus últimos 15 anos de vida.


Acompanhe o blog oficial da Casa Fernando Pessoa: http://mundopessoa.blogs.sapo.pt/
Fonte:
http://carpediem.blogs.sapo.pt/2780.html
http://sapereaudelivros.blogspot.com/2011/05/acervo-particular-fernando-pessoa.html
http://comunidade.sol.pt/blogs/olindagil/default.aspx

Dia de Santo António

O professor Goulão desenha o Dia de Santo António:



Não faltam as marchas, as sardinhas e os tradicionais casamentos.


FESTAS E TRADIÇÕES


A 13 de Junho, a cidade de Lisboa pára. Na véspera, a cidade dançou, divertiu-se, leu pregões, cheirou mangericos e comeu sardinha assada.
Lisboa orgulha-se do seu santo e da tradição. São os bairros mais populares os que mais importância dão ao seu santo. É aí que a velha Olissipo se afirma, que a tradição enobrece. O Castelo e Alfama vestem-se para receber o Santo, entre marchas e fitas coloridas. Nos largos onde desembocam as pequenas vielas e as íngremes escadarias, nascem esplanadas com sardinha assada, fitas coloridas e música de arraial. É um dos lados mais pitorescos de Lisboa, à noite, onde velhos e novos se juntam em alegre paródia. Os primeiros brindam à tradição; os segundos, porque qualquer razão é boa para brindar e dançar.
Associado ao Santo António está a sua característica casamenteira.



"Santo António, Santo AntoninhoArranja-me lá um maridinho..."
é um dos mais antigos pregões populares.



As décadas de 50 e 60 marcaram uma tradição que teve grande acolhimento popular na cidade de Lisboa: "As Noivas de Santo António". A iniciativa era patrocinada pelo jornal Diário Popular e por alguns comerciantes que ofereciam a indumentária para a boda. Actualmente, a Câmara de Lisboa retomou esta velha tradição, que perpetua a marca casamenteira de Santo António.


O QUE É O MANJERICO?





Algumas quadras populares escritas por Fernando Pessoa



Manjerico, manjerico
Manjerico, manjerico,Manjerico que te dei,A tristeza com que ficoInda amanhã a terei.
O manjerico comprado
O manjerico compradoNão é melhor que o que dão.Põe o manjerico ao ladoE dá-me o teu coração.
O manjerico e a bandeira
O manjerico e a bandeiraQue há no cravo de papel —Tudo isso enche a noite inteira,Ó boca de sangue e mel.
O vaso do manjerico
O vaso do manjericoCaiu da janela abaixo.Vai buscá-lo, que aqui ficoA ver se sem ti te acho.
Manjerico que te deram
Manjerico que te deram,Amor que te querem dar...Recebeste o manjerico.O amor fica a esperar.

domingo, 12 de junho de 2011

O Galo de Barcelos_Lenda Lusitana

O Galo de Barcelos
Há muitos anos, em tempos remotos, aconteceu em Portugal um crime de morte, que, por mais minuciosas investigações feitas, jamais se descobriu o assassino.
Tempos depois, quando tudo parecia já estar esquecido, surgiu na povoação de Barcelos um galego peregrino, que se dirigia para Santiago da Compostela. Diante da figura do romeiro, alguém levantou perante as autoridades uma questão, aquele homem era o autor do crime há tempos ali acontecido. Diante da acusação, houve quem garantisse que o romeiro estivera no local do crime no dia do assassínio. De frente com as evidências, as autoridades deram o caso como solucionado, aprisionado o romeiro.
Mesmo diante de grande tortura e suplício, o galego afirmou-se sempre inocente. Mas todas as evidências e coincidências apontavam o homem como o verdadeiro assassino. Sem provas que lhe garantissem a inocência, foi julgado e condenado à morte, através da forca.
Finalmente chegara o dia do suplício do pobre homem, que jamais deixou de jurar estar alheio e inocente ao crime. Tudo em vão! No meio do povoado erguera-se a forca. Como último desejo, o infeliz pediu que fosse levado à presença do juiz. O malogrado romeiro foi encontrar o juiz em uma grande ceia, ladeado de vários amigos e admiradores. Diante do juiz e de todos os presentes, o galego voltou a afirmar a sua inocência, pedindo pela fé cristã que dele tivessem misericórdia e que o não enforcassem. Mas o magistrado, homem que aprendera as leis em Salamanca, apesar de ficar confuso diante da veemência com que o infeliz proclamava-se inocente, nada pôde fazer, pois já acontecera o julgamento e a condenação à morte, portanto era preciso que se cumprisse a sentença.
Vendo que todos faziam escárnio das suas palavras, e continuavam a comer e a beber; o pobre galego, a olhar para um frango assado em cima da mesa do magistrado e dos seus amigos; clamou para São Tiago, o santo que iria visitar quando fora interrompido em sua romaria:
-Oh São Tiago, sabeis que estou tão inocente que, antes de morrer, esse galo que está em cima da mesa, morto e assado, cantará!
Todos riram das palavras de clamor do galego. O magistrado ordenou que o condenado fosse levado à forca e que se cumprisse à sentença. Assim foi feito. Passado o mal estar, todos continuaram a comer e a beber normalmente. Por uma estranha superstição, ninguém ousou a tocar no galo assado que indicara o sentenciado. Todos estavam ansiosos para que se desfechasse o suplício do galego, cumprindo-se finalmente, a justiça.
De repente, diante do espanto geral de todos os presentes, o galo assado passou a ter penas, transformando-se em uma bela ave, tão viva quanto eles, que passou a cantar alegremente!
O espanto foi geral. O juiz e os seus convidados correram ao local que se erguera a forca. Encontraram o galego suspenso no ar, com a corda no pescoço solta. Com grande espanto, descobriram que ele ainda estava vivo! Imediatamente libertaram o supliciado, deixando que ele seguisse viagem até Santiago da Compostela, para que cumprisse a sua promessa de romeiro.
Meses depois, o galego regressou da sua romaria, já com a promessa cumprida. Em sinal de agradecimento aos que atestaram a sua inocência, mandou que se erguesse um padrão, tendo de um dos lados São Paulo e a virgem, o sol, a lua e um dragão. Do outro lado o Cristo crucificado, um galo e São Tiago sustentando um enforcado!



A justiça fora feita através do canto do galo ressuscitado, que se tornaria o símbolo de Barcelos.







Fonte: http://virtualia.blogs.sapo.pt/35143.html

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Francisco Goulão desenha Camões e Portugal

Francisco Goulão, surdo-mudo, de 59 anos e professor de surdos-mudos, desenha Camões e Portugal.
Licenciado pela Universidade de Lisboa e actualmente professor no Instituto estatal, especializado na área da surdez - Instituto António Cândido - Porto.



Para saber mais: http://profsurdogoulao.blogspot.com/

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Semana da Lusofonia_Lendas Lusitanas

LENDAS LUSITANAS
Na "Semana da Lusofonia" deixamos o registo de algumas lendas dos países lusófonos, cuja recolha é da autoria da professora e amiga do projecto, Olinda Gil.

" Antes da formação da nação portuguesa, vários povos habitaram este lugar, entre eles os lusitanos, povo agro-pastoril, que enfrentou bravamente o domínio e a opressão dos romanos. Sendo um país tão antigo, foram muitas as lendas que se criaram para contar tão extensa história. Lendas medievais, lendas ainda mais antigas; chegaram aos nossos dias as mais belas narrativas que contam a saga de um povo e da sua nação, formadora de uma cultura linguística que se estendeu pelos quatro cantos do mundo.
Da antiga Lusitânia ao Portugal de hoje, chega-nos um acervo de personagens maravilhosas, algumas trazidas das páginas de Homero, outras do imaginário medieval, das páginas cantadas pelos trovadores.

“Olisipo, a Cidade de Ulisses” é uma das lendas mais cultivadas pelo povo português. É a história da fundação de Lisboa, que segundo a tradição lendária, teria sido feita pelo herói homérico Odisseu (Ulisses), que na sua viagem errante após o fim da guerra de Tróia, perder-se-ia por vinte anos pelos mares europeus. O herói grego teria atravessado as Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar), alcançando a desembocadura do rio Tejo, deparando-se com o reino de estranhas criaturas metade mulheres, metade serpentes. Olisipo, a cidade mítica de Ulisses, seria mais tarde Lisboa, a bela capital portuguesa.

“A Dama Pé de Cabra” resgata o período de conquista das terras lusitanas aos muçulmanos, também chamados de mouros. A luta por esta conquista foi sangrenta, o que fazia o povo cristão a sentir que efectuava uma guerra santa, cada mouro morto por sua espada, significava recompensa na terra e nos céus medievais. Esta lenda traz a figura do diabo, tão temida e tão comum no quotidiano do homem medieval. Entre as guerras e os medos dos demónios, surgia uma nação jovem, cristã e destinada à expansão através do mundo.

“O Galo de Barcelos” retrata um dos símbolos mais populares de Portugal. Várias são as versões da lenda, mas todas elas remetem para um único final: a ressurreição de um galo assado, que com o seu canto vivo efectuaria a justiça e repararia a injúria diante dos injustiçados. É uma lenda sucinta, mas com forte teor de se ver através dela o cumprimento de todas as leis, fundindo-se entre as leis sacras e as leis dos homens, tornando-se um uno inquestionável.Três lendas de beleza universal, que nos remetem para diversos momentos de uma história imaginária e repleta de aventuras seculares, que fariam dos lusitanos grandes navegadores e descobridores de mundos diversos, infinitos aos olhos humanos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Homenagem à Criança

Ontem, dia 1 de Junho foi como sabemos o Dia Mundial da Criança. Mas, hoje, amanhã e depois de amanhã... todos os dias serão dia da criança.
Fica o registo de homenagem a todas as crianças.

Ode à Criança
A criança é criativa porque é crescimento e se cria a si própria. É como um rei, porque impõe ao mundo as suas ideias, os seus sentimentos e as suas fantasias. Ignora o mundo do acaso, pré-elaborado, e constrói o seu próprio mundo de ideais. Tem uma sexualidade própria. Os adultos cometem um pecado bárbaro ao destruir a criatividade da criança pelo roubo do seu mundo, sufocando-a com um saber artificial e morto, e orientando-a no sentido de finalidades que lhe são estranhas. A criança é sem finalidade, cria brincando e crescendo suavemente; se não for perturbada pela violência, não aceita nada que não possa verdadeiramente assimilar; todo o objecto em que toca vive, a criança é cosmos, mundo, vê as últimas coisas, o absoluto, ainda que não saiba dar-lhes expressão: mas mata-se a criança ensinando-a a ater-se a finalidades e agrilhoando-a a uma rotina vulgar a que, hipocritamente, se chama realidade.

Robert Musil, in 'O Homem sem Qualidades'

Pequenina

Pequenina

És pequenina e ris ... A boca breve
É um pequeno idílio cor-de-rosa ...
Haste de lírio frágil e mimosa!
Cofre de beijos feito sonho e neve!

Doce quimera que a nossa alma deve
Ao Céu que assim te faz tão graciosa!
Que nesta vida amarga e tormentosa
Te fez nascer como um perfume leve!

O ver o teu olhar faz bem à gente ...
E cheira e sabe, a nossa boca, a flores
Quando o teu nome diz, suavemente ...

Pequenina que a Mãe de Deus sonhou,
Que ela afaste de ti aquelas dores
Que fizeram de mim isto que sou!

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"
Ler outros poemas de Florbela de Alma Conceição Espanca

Infância


Infância
Sonhos
enormes como cedros
que é preciso
trazer
de longe
aos ombros
para achar


no inverno da memória
este rumor de lume:
o teu perfume,
lenha
da melancolia.

Carlos de Oliveira, in 'Cantata'